domingo, maio 01, 2011

É um facto que não há justiça para cidadãos carenciados

Há décadas que ando à pega com a Segurança Social, os erros têm sido muitos (e provas disso não me faltam!).

Comigo e a Seg. Social já aconteceu de tudo, desde:

Pedirem-me para devolver dinheiro referente a subsidio de desemprego que eu já havia devolvido (pago em duas prestações num posto dos correios, vá lá que guardei os talões!);

Pedirem-me dinheiro de um vale postal (referente a subsidio de desemprego) que eu não levantei e devolvi na tesouraria do C.D.S.S. da minha zona;

Descontarem-me (durante um ano) do subsidio de desemprego o valor correspondente à bolsa de formação profissional feita num centro de formação profissional do I.E.F.P.;

Pedir apoio judiciário à Seg. Social (por causa de uma ilegalidade contractual por parte de um advogado para quem trabalhei), a qual, me arranjou uma advogada que se sentiu bastante contente por eu não ter querido levar o assunto ao Tribunal do Trabalho pois, não ficava bem a uma jovem advogada levar um colega de profissão a tribunal, e assim a sra. chegou a um acordo com a minha ex-entidade patronal, tendo a mesma pago o que devia em subsídios de refeição do ano transacto e do ano em que decorreu o problema.

Entre outras situações que nem vale a pena trazer aqui mas, a última foi mesmo de muito mau gosto, isto é, pedirem-me (a uma desempregada involuntária, subsidiada, com 3 filhos a cargo) para devolver prestações familiares. O C.D.S.S. da minha zona de residência enviou-me 4 notas de reposição, no valor de trezentos e poucos euros, isto depois de terem tido o desplante de passar o meu agregado familiar para o 2.º escalão, indevidamente! digo indevidamente pois, já fiz as contas e o meu agregado pertence ao 1.º escalão.



Relativamente à tabela acima e no que se refere à diferença de 48,77€ (quarenta e oito euros e setenta e sete cêntimos) só tenho a dizer:

- Só falta estudar o período de prestações familiares entre 1 de Julho de 2008 e Agosto do ano de 2009 (em que as majorações ao abono de família eram de 25%)...

E por último quero deixar aqui um desafio para sairmos da crise:
Vejam se também têm tomates para retirar aos vencimentos e reformas de velhice milionárias 24% tal como fizeram com os 1.º e 2.º escalões de abono de família

24% = 19% (abono de família) + 5% (redução da majoração do abono de família)

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Como pode uma família carenciada (graças à péssimas politicas de emprego implementadas desde há décadas no nosso País) recorrer à justiça?

COMO?

Pedindo apoio judiciário a quem?

À Segurança Social?

Então um cidadão que há décadas se sente lesado por um irresponsável e incompetente sistema enraizado vai pedir apoio judiciário à própria entidade que o lesou a todos os níveis?

Vai pedir apoio judiciário à entidade que pretende incriminar?

Vai pedir apoio judiciário à entidade, a quem, pretende exigir uma indemnização pelos danos causados a si próprio e respectiva família?

Onde está afinal a justiça para quem não tem recursos económicos?

Onde está a defesa de quem não se sabe defender? De quem não sabe, ou não quer, fazer contas nem ler diplomas legislativos?

A quantos cidadãos mais foram desta vez enviadas indevidamente notas de reposição por parte da  Segurança Social?

A quantos cidadãos mais foi alterado o escalão do abono de família indevidamente?

Acham que a vida das pessoas é uma brincadeira? Até quando acham que podem continuar com tanto abuso de poder?...

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